Introdução
Nos últimos anos, o home office tornou-se uma realidade para muitos profissionais, especialmente desenvolvedores de software. O avanço da tecnologia, melhores conectividades à Internet e um ambiente de trabalho mais digitalizado, permitiram que tarefas realizadas tradicionalmente de forma presencial fossem adaptadas para o ambiente remoto, também chamado de teletrabalho. Apesar de ser uma tendência crescente, o home office traz consigo diversas vantagens e desvantagens que impactam diretamente o desenvolvedor.
Para entender como esse modelo afeta a carreira, a produtividade e a qualidade de vida do profissional de desenvolvimento de software, é essencial analisar o que levou ao aumento do home office, suas vantagens e limitações, bem como identificar em quais situações ele se torna adequado ou inviável.
Home office: como surgiu?
O conceito de home office é relativamente antigo, mas ganhou relevância mundial durante a pandemia de COVID-19 no início do ano de 2020. Com a necessidade de isolamento social, empresas foram obrigadas a adaptar suas operações para o formato remoto. Desenvolvedores de software, por lidarem com tarefas essencialmente digitais, estiveram entre os primeiros profissionais a migrar para essa nova realidade.
Embora algumas organizações já oferecessem a possibilidade de teletrabalho antes da pandemia, a crise sanitária acelerou esse processo em escala global. Após a pandemia, uma parte das empresas perceberam que a produtividade poderia ser mantida – e até melhorada, em alguns casos – na modalidade de teletrabalho, sendo inclusive uma fonte de redução de custos, uma vez que aluguéis de escritórios, manutenção de mobília, valor do gasto com energia elétrica, por exemplo, representavam custos bastante significativo às empresas.
Desde então, o home office deixou de ser visto apenas como um benefício e passou a ser parte integral do modelo de negócios de muitas empresas, especialmente em setores como tecnologia e desenvolvimento de software.
Vantagem: trabalhar de casa
Uma das maiores vantagens do home office é a possibilidade de trabalhar no conforto de casa. Isso elimina uma série de desafios presentes no modelo tradicional de trabalho presencial.
Os empregos que pagam mais estão, normalmente, nas maiores cidades e metrópoles. Então, pegar trânsito e enfrentar problemas no transporte público era parte inerente do dia a dia. O deslocamento até o local de trabalho pode consumir horas preciosas do dia, além de ser uma experiência estressante, especialmente em grandes centros urbanos. O home office elimina isso e leva a um melhor aproveitamento das horas do dia para lazer, descanso ou exercícios físicos.
Trabalhar de casa permite um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal, algo valioso principalmente para aqueles que têm cônjuges, filhos e/ou precisam cuidar de alguém com necessidades especiais (idosos, por exemplo).
Para trabalhar tranquilo de casa, é importante ter um setup que valorize produtividade e conforto para mãos e pulsos. Para isso, segue a indicação de três itens de setup que farão a diferença no seu home office:
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Vantagem: poder trabalhar para empresas do mundo todo
Outra vantagem significativa do home office é a possibilidade de trabalhar para empresas fora das fronteiras de cidade, estado e país de residência. Isso cria novas oportunidades de carreira e proporciona benefícios importantes.
Com a remoção das barreiras geográficas, desenvolvedores podem buscar vagas em empresas nacionais ou internacionais sem a necessidade de se mudar. Como o mercado global permite uma competição por vagas com melhores salários, benefícios e condições de trabalho, existem oportunidades reais de mudar (para melhor) de vida com o home office. O fato de empresas estrangeiras pagarem seus colaboradores em moedas mais fortes que o Real (Dólar ou Euro, por exemplo), torna o home office bastante atrativo.
Vantagem: não precisar se mudar a cada emprego novo
No modelo tradicional de trabalho presencial, mudar de emprego muitas vezes exigia uma mudança de endereço, seja para outra cidade, estado ou até mesmo país. Com o home office, isso deixou de existir.
O home office abre a possibilidade de trabalhar em bons empregos morando em locais com aluguel e custo de vida mais baratos. Além disso, não precisar se mudar a cada novo emprego traz conforto e continuidade tanto para o profissional quanto para sua família.
Desvantagem: preconceito e desconfiança de algumas empresas
Apesar do avanço do home office, existem empresas que ainda demonstram resistência em relação a esse modelo de trabalho remoto. Algumas organizações acreditam que a produtividade será menor no home office, criando um ambiente de desconfiança entre gestores e colaboradores.Infelizmente, muitos gestores só se sentem confiantes no seu trabalho se gerenciarem seus colaboradores presencialmente.
Devido a isso, profissionais da modalidade de teletrabalho podem enfrentar desafios para avanço de carreira, como promoções e aumentos salariais. Ainda, para gestores apegados ao trabalho presencial, é mais difícil avaliar a qualidade de trabalho de forma remota, o que pode dificultar o reconhecimento do trabalho realizado, limitando oportunidades de crescimento.
Desvantagem: inadequado para profissionais juniores
O home office pode ser desafiador para desenvolvedores em início de carreira. Profissionais iniciantes podem ter necessidade de orientação mais intensa que profissionais de maiores senioridades, e o acompanhamento à distância pode ser uma barreira para essa orientação ser eficiente e eficaz no tempo esperado.
Nem sempre é fácil esclarecer dúvidas ou obter ajuda de forma rápida quando se trabalha remotamente, já que a fluência profissional é proporcional à experiência prática do colaborador. Logo, colaboradores iniciantes podem “travar” numa tarefa e não conseguir pedir a ajuda de forma adequada, levando a atrasos na entrega de suas demandas.
Desvantagem: difícil acesso a projetos com equipamentos específicos
Alguns projetos demandam o uso de equipamentos específicos ou infraestrutura complexa que é difícil de replicar remotamente, tais como projetos de máquinas industriais e projetos automotivos, por exemplo. Muitos destes equipamentos não possuem simuladores e emuladores, dificultando o desenvolvimento remoto dos mesmos.
Nestes casos, o modelo presencial ou, em alguns casos, híbrido, é o mais adequado.
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